abril 16, 2025

🌞 Um Dia em Arcanos 🌜

Texto gerado por IA.

 

Acordo leve — sou Louco,
com o mundo inteiro na sola do pé.
Antes que o mundo me lembre das regras,
sou o sopro de tudo que é.

Com a xícara quente, Mago desperto,
transformo o instante em ação.
Cada gesto, um feitiço discreto,
cada escolha, uma invocação.

Em silêncio, Sacerdotisa me espreita
entre as sombras do pensamento.
Há mistérios no fundo do olhar
e no vago sabor do momento.

A Imperatriz me embala no toque
do sol na pele, da água na flor.
Cozinho, me visto, me vejo:
sou corpo que brota em amor.

Mas o Imperador impõe ritmo —
hora de fazer o que tem que ser.
Ergo muralhas de hábito e foco,
reino em meu próprio dever.

Hierofante, então, me recorda
a fé que escolhi sustentar.
Sigo a doutrina que me conforta,
ou ouso o dogma questionar?

E os Enamorados chamam: escolhe!
O caminho bifurca outra vez.
Coração e razão discutindo
quem conduz os meus pés.

Com as rédeas firmes, Carro avança
na cidade que grita e corre.
Sou conquista, pressa e meta —
mas o tempo, lá no fundo, escorre.

Justiça pesa meus atos.
Equilibro palavras, versões.
Corto excessos, meço verdades,
teço acordos entre ilusões.

Na sombra do dia, Eremita.
Silêncio que pede atenção.
Lanterna na mão do cansaço,
sabedoria em gestação.

Mas Roda da Fortuna sacode:
imprevistos, encontros, sinais.
O caos me ensina a dança
que o controle não traz.

Vejo a Força na minha calma
quando tudo grita demais.
Domar a fera não é vencê-la —
é ouvi-la e não recuar jamais.

Então paro. Enforcado, suspenso,
num instante que parece prisão.
Mas o tempo às vezes precisa
de rendição e não de razão.

A Morte vem, sutil ou brutal —
um fim que me abre espaço.
Deixo cair o que era casca,
visto novo e largo abraço.

E Temperança sorri e mistura
minhas dores com meus encantos.
Sou alquimia que respira,
sou pausa entre prantos e cantos.

Mas o Diabo espreita desejos,
acende vontades demais.
Aprisiona em prazeres que queimam,
mas me mostra meus próprios sinais.

A Torre então desaba certezas,
derruba o que era seguro.
E a queda, embora assuste,
me revela o céu mais puro.

Nu, debaixo da Estrela,
sou esperança em forma de luz.
Renascimento, promessa suave
de que o caminho me conduz.

Mas a Lua me faz delirar,
ver rostos onde há sombras e véus.
Sonho e medo se misturam,
e a alma conversa com os céus.

Até que o Sol me aquece inteiro —
clareza, afeto, perdão.
Sou criança rindo no peito,
sou verdade em expansão.

No eco do dia, Julgamento:
ouço meu nome profundo.
Sou quem fui, quem serei, quem sou —
renasço em mim, sem segundo.

E por fim, me recolho em Mundo,
círculo pleno, dança no ar.
Fecho os olhos e suspiro:
“Valeu viver. Posso sonhar.”

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